Fazendeiro ameaça índios em Mato Grosso do Sul

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Foto: Midiamax
Conhecido como Lenço Preto, o produtor rural Luis Carlos da Silva Vieira, ameça índios de morte

O produtor rural Luis Carlos da Silva Vieira, conhecido como “Lenço Preto”, declarou, em entrevista a um meio de comunicação da região, que vai liderar uma guerra contra os índios guarani kaiowá.

O material gravado em vídeo na semana passada, mostra o fazendeiro em atitude de ameaça à vida dos índios e sem qualquer preocupação com as conseqüências legais das declarações dele. Vieira diz que vai liderar um grupo de fazendeiros armados contra os índios nesta semana: “Nós vamos partir pra guerra, e vai ser na semana que vem. Esses índios aí, alguns perigam sobrar. O que não sobrar, nós vamos dar para os porcos comerem”. O fazendeiro ainda explica como a ‘guerra’ seria articulada: “A maioria dos fazendeiros está comigo. Arma aqui é só querer. Eu armo esses fazendeiros da fronteira rapidinho, porque o Paraguai fica logo ali, e na guerra não tem bandido”. Vieira ainda comenta o que teria feito se a terra retomada de Arroyo Korá fosse dele: “Eu, como a propriedade lá não é minha… Se é minha, já tinha índio estendido à vontade aqui”, disse apontando para o campo às margens da rodovia.

Os guarani kaiowá do sul de Mato Grosso do Sul são conhecidamente um povo pacífico. Em Aty Guassu, ‘A Grande Assembléia’, que aconteceu no final de julho, os indígenas decidiram retomar áreas reconhecidamente indígenas e já homologadas pelo Governo Federal e ainda ocupadas por fazendeiros por força de liminar judicial. Desde o último dia 10, cerca de 200 indígenas ocupam a área Arroyo Korá, no município de Paranhos. O movimento indígena é composto por homens, mulheres e crianças, desarmados. O Coordenador Regional da FUNAI em Ponta Porã, Silvio Raimundo da Silva, falou sobre as ações do órgão ante as declarações públicas do produtor rural Luis Vieira: “Vamos acionar a procuradoria da Fundação para que sejam tomadas as medidas cabíveis, e as forças de segurança, para preservar a integridade física tanto dos indígenas quanto dos agentes do Estado e também para que se instaure os devidos procedimentos de investigação”, disse.

Com informações de Midiamax

por funaipontapora

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